Sente-se ao meu lado.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dance

 Pare, feche os olhos e escute. Apenas dance, ouça a melodia e dance.
 Está é a melodia da vida, se você não acompanhá-la vai perder os passos que lhe levarão adiante. Para     
 que você não se perca no caminho, feche os olhos, escute e dance.

sábado, 25 de dezembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sonhos

Sonhos, a própria palavra nos remete a coisas impossíveis. pois aquilo que se sonha pode ser mutável, lúdico, impossível. E por tantas definições esquecemos de acreditar neles. Fazemos dos sonhos algo que jamais poderá ser tocado.
É tão lindo sonhar, acreditar que tudo pode dar certo e que não existe limites para essa realidade abstrata. Basta olhar uma unica noite para as estrelas. Elas estão sempre ali, nunca deixam de iluminar o céu, tem algo mais misterioso que olhar pro céu a noite e ver as estrelas lá no alto. Aquelas estrelas que nunca poderão ser tocadas e que talvez representem os sonhos tão distantes que tivemos.
Mas há pessoas que nunca desistem dos seus sonhos. Onde estes ficam então? Se as estrelas no céu são os sonhos inatingíveis, as cadentes devem representar aqueles que de tanto serem buscados se tornaram realidade. 

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Razão X Emoção

Através dos meus olhos tento enxergar a razão. O que os atrai nem sempre parece o melhor a escolher. Porém, é difícil escolher a razão quando o que está no meio do peito opta pelo lado oposto. Essa briga gera um conflito interno e não se resolve. 
De um lado minha razão tenta mostrar-me o que seria mais sensato, já meus sentimentos dizem que eles são a verdadeira razão a ser seguida. 
A sensação de sentir as veias e artérias pulsando fortemente, levando cada vez mais sangue por todo corpo e aquecendo minhas decisões.
Mesmo que eu quisesse optar entre a razão e emoção não conseguiria, então desisto de escolher entre elas, mas no fim a razão me diz que a emoção estava certa em dizer-me para seguir em frente, logo em seguida a emoção me diz que a razão estava tentando apenas me mostrar a maneira certa de escolher o mesmo caminho. 
Então descubro que a omissão nos torna insignificantes, e que aquilo que poderia obter partiu e nunca mais voltará. Por que lavei as mãos no momento em que deveria suja-las.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O tempo do relógio

O relógio permanece na parede, os ponteiros parecem não pulsar os segundos que pretendo contar. O tempo parou e eu não havia percebido isso. Agora estou parado no nada e não consigo sair. Mais uma vez olho para o relógio. O tic tac desaparecera, os números sumiram, o próprio relógio se espatifou.
Onde eu poderei encontrar o tempo perdido que deixei passar pelo relógio sem pilhas.
Quanto tempo ainda haverei de esperar?

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Artistas

Um artista precisa sofrer, se ele não sofre não sente, se não sente não tem inspiração.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Saudades Daquela Que Se Foi

Estou só. Abandonado entre quatro paredes, preso num cubículo de amarguras e opressão. Solitário, sozinho junto aos meios receios e medos, esperando os primeiros gritos de desespero, enlouquecendo a cada segundo que passa. Só, como se o mundo não existisse mais, ou talvez eu não exista mais no mundo, porque nada mais parece existir a minha volta. Estou trancado nos meus pensamentos, numa ilusão sem fim da realidade, mas o que de fato seria real. Se o tempo ultimamente caminha para trás e os segundos se tornaram minutos. Se já não posso considerar o tempo como o marca passo de minha existência. 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pela janela

Sentado a beira da janela observo o sol raiar lentamente pelo horizonte. A luz emana lentamente clareando os campos que se estendem pelo lado de fora.
A grama verde forma um imenso tapete verde do outro lado, as arvores balançam lentamente com os primeiros ventos soprados e os animais parecem acordar para aproveitar o resto do dia que se inicia.
Eu permaneço aqui do lado de dentro dessa cabana solitária, observando os dias passarem pela vidraça, esperando algo acontecer, mesmo sabendo que não irá acontecer nada. Permaneço aqui imóvel em busca de algo que me faz completo, mas não sei o que é. 
Então continuo aqui sentado a beira da janela, sei que um dia descobrirei o verdadeiro sentido dessa falta que sinto agora, mas enquanto desconheço o que acontece permaneço sentado a beira da janela. Esperando quem sabe o dia em que me levantarei e caminharei rumo a porta.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Saudades

Algo está acontecendo, sinto coisas que não sei explicar. É como se uma energia irradiasse pelo meu corpo e o tomasse. A respiração fica lenta, os olhos nada vêem e os sentidos parecem dispersos.
É como se faltasse um pedaço ou algo, como se estivesse incompleto, um quebra-cabeças a espera do ultimo encaixe.
O peito reclama silenciosamente, os pensamentos não conseguem ser contidos, as mãos tentam alcançar aquilo que já se foi. É triste a dor causada pela solidão, pela falta do amor e companhia que se quer ter por perto, daquelas pessoas que entram em nossas vidas e a marcam para sempre.
A saudades doí, é verdade. Doí la no fundo, querendo retomar aquilo que se tinha antes, mas é a saudade que nos mostra o quanto aqueles que partiram nos são importantes e que se tudo der certo nos encontraremos em breve.


Saudades de todos vocês. Espero poder revê-los em breve. (Guaçuí 2010)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Preciso de você

O silêncio, tudo é tão desconhecido. O coração bate mais forte, pulsa intensamente por causa da ansiedade. Onde ela está? Pra onde foi? Não quero sair daqui.
A expectativa é enorme. Os segundos passam, está cada vez mais próximo, o que virá depois? Por favor, não me deixe ir. Quero continuar aqui. Seu calor, seu afeto, suas palavras doces antes de dormir, preciso de você comigo, sou frágil. 
Estão tocando em mim, o que eles querem? Irão me roubar de você, não deixe, me proteja.
Me pegam e me levam por uma fenda aberta, uma luz forte penetra em meus olhos e não consigo abri-los. Onde estou? Cadê você?
Pareço estar só agora, em meio a desconhecidos que me sacodem de um lado pro outro, sinto sua falta, porque fizeram isso? Choro, mais e mais, continuo a chorar sentindo a sua falta. Mas logo percebo algo em comum, mesmo sem abrir os olhos posso reconhecer o seu cheiro, estou a seu lado e finalmente posso ouvir novamente suas palavras doces: "está tudo bem meu bebê, mamãe está aqui com você".





Para minha sobrinha que acabou de nascer, Jhulie titio te ama,

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sementes

A vida passa por entre os dedos tão velozmente que não conseguimos agarrá-la. Com isso as pessoas que admiramos ultrapassam nosso caminho deixam suas marcas e somem para nunca mais serem encontradas. Pessoas que achávamos nunca passarem pela porta de despedida e que mesmo assim partiram antes de ouvir o adeus que saía das bocas solitárias. 
Um falta que se preenche com o tempo, se completa com as novas pessoas que atravessam nosso caminho, e assim novas  marcas adquirimos e novamente nos despedimos.
Ficando apenas a semente plantada por aqueles que se foram a espera de amor para germinar e mostrar como eles continuam presentes em nossas vidas.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cicatriz

Fostes embora, mesmo sabendo do amor que sentia por ti, saísse sem dizer adeus, utilizastes de mim como objeto, aproveitando a fragilidade dos meus sentimentos.
Mas sua ida não doeu como imaginei que doeria. Meu peito foi forte para suportar a desilusão que me causasse. Todas aquelas palavras doces de carinho que sussurravas em meu ouvido atravessaram sem deixar marcas, porque aprendi que amar é compartilha e junto a ti só entregava meu corpo em troca de nada. Suas palavras secas agora não passam de um eco distante, tão longe que não consigo compreender o que falas. 
A mentira estava desenhada em seus olhos e mesmo assim me ceguei para não perceber  o que fazia comigo, pois o calor do teu corpo me aquecia a ponto de esquecer onde estava.
Pensei que enlouqueceria, mas quando saísses por aquela porta sua presença se esfarelou em mil pedaços e voou pelos ares, e a faca que usasses para ferir meu peito, deixou apenas uma cicatriz.   

Culpados

Quando algo dá errado em nossas vidas, acreditamos que algo está por trás desse acontecimento, há sempre um culpado responsável pelo que está passando.
A culpa principal de tudo que acontece conosco é exclusivamente nossa. Nós somos responsáveis por tudo. Não adianta tentar achar culpados pelos nossos atos. Somos os culpados da situação.
Se vivemos algo ou passamos por um momento ruim, só devemos isso a nós mesmos.
O caminho que seguimos se deve as escolhas que fazemos, ruim ou bom estamos nele porque decidimos segui-lo.
A estrada da vida só possui um final, mas há travessas que interligam a maneira como chegamos lá. 

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quem sou?

    O escuro esconde o desconhecido e é por isso que o tememos, mas o que está invisível aos nossos olhos é aquilo que escondemos dentro de nós mesmos, fingindo ser o que não somos com medo das expectativas criadas pelos outro.
    Somos reféns do medo. Criaturas que se oprimem e sofrem por não poder mostrar o próprio rosto, pois teme uma tapa. Mas a dor maior não é física, é aquela dor que sentimos dentro do peito.
    Tememos reações, comentários, chacotas, tememos nos mostrar. E ao temermos ser quem realmente somos nos tornamos outras pessoas que talvez não saibamos quem é.
    Perdemos o domínio e acreditamos que aquela forma é a correta de agir, que as pessoas são aquelas que devemos ter. Deixamos de lado nossos desejos por medo de fracassar quando o fracasso maio é não ter tentado. 
    Abrimos nossos olhos a procura do eu que já não existe, passou a ser ele. Aquele que você demonstra aos olhos alheios e que não conhece diante do espelho.
    Uma imagem deformada, desfigurada, desconhecida, um entre tantos que não tentou ser quem queria e acabou sendo dominado pela segurança da normalidade que lhe parecia tão certa.
    Mas o caminho certo às vezes não significa o mais correto a ser seguido, porque no fim de cada caminho certo pode have um abismo sem fim, e ao cair dele nunca mais sairá.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mar

Maré baixa: Vem, mergulha em minhas águas, veja só como eu estou calmo e sereno, não tenha medo, eu sou imenso e te protejo, meu sal não te deixará afundar. Tenho uma coisa pra contar a você, e não consigo confiar em mais ninguém. Cuidado, quando for pisar em minhas águas olhe para o fundo, a areia às vezes pode ser traiçoeira, não quero que se machuque. Refrescante não...Eu tenho medo, todas as noites a lua vem repousar em minhas águas, a paisagem é deslumbrante, chegaria a dizer inacreditável. Eu como bom amigo que sou acalento ela. Mas nunca me lembro do que vem depois, eu durmo, sempre pergunto a ela por que me faz dormir mais ela não me responde, segundos após estou eu me afogando em águas maiores. Águas que parecem não ter fim, fortes e violentas chegam turbulentas. Enfim me afogo. Morri. Penso sempre, tudo fica escuro, mas horas de escuridão se vão após algumas horas, começo a ver a luz, e minhas águas estão novamente tranqüilas e soberanas. Não me deixe só, quero alguém comigo quando a lua chegar.   Lá vem ela, olha, grande e prateada, parece mais bonita hoje, incandescente. Não, não, me deixe sair, quero ver a lua sobre o meu manto azulado, preciso do ar batendo em mim, não, sai daqui,você sai da água, nade, mais rápido, não pare, não olhe pra trás, não.
Maré alta: enfim, cheguei, sempre por cima. O que você ainda faz ai, deveria ter ido embora, não posso te ajudar agora, minhas ondas sempre vão e vem,não podem parar, poderia até jogar você pra fora,  mas você insiste em querer nadar, achando que pode me vencer. Não você não pode. É inútil, já que você permanece, ignorarei você, sou muito maior que você e sua presença é insignificante . O que é isto? Que águas são essas? É preta e fedorenta, está vindo em minha direção,  não venham pra perto de mim, fiquem longe, não vê o meu tamanho, sou muito maior, não tem medo de mim, que coisas traz com você, afaste-se eu ordeno. Misturamos-nos, a água preta se uniu a minha água limpa e azul, junto com ela trouxe coisas sem formas. Sai de perto do golfinho, o deixe em paz, mas aquela coisa sem forma não pareceu me ouvir, comecei a formar ondas mais fortes para quem sabe talvez retira-lo de perto do golfinho e das minhas águas, por mais força que tenha botado não consegui e o golfinho curioso como sempre tentou descobrir o que era. Segundos após ouvi seus gritos de lamento, ninguém mais ouviu só eu, ele se debatia enquanto tentava retirar aquela coisa do seu focinho, agonizava tentando chegar a superfície pra quem sabe pelo menos respirar, deseja aquilo com tanta força da pra ver em seus olhos que brilhavam, dei um empurrãozinho. Não adiantou, o golfinho que tinha seus olhos brilhantes estava agora com olhar mortificado, afundava lentamente em minhas águas , pensei até que minhas águas tivessem ficado maiores com as lágrimas que teria derramado se tivesse olhos. Não, ninguém viu, ninguém ao menos se importa com o que aconteceu.
Maré baixa: Aconteceu de novo. Pra onde você foi? não consigo te ver. O sol está lá em cima você reparou, iluminando tudo aqui em baixo e nos aquecendo de vida. Por que você deixou a lua me levar? Porque você foi embora sem se despedir? Você também me abandonou. Não tem problema pode voltar. Escutou? ... não? Então escute. É o som que vem das minhas águas. Bonito som não acha? Faço isto para que você perceba a vida que há em mim. Eu sim sou repleto de vida. Você não. Mas ainda há uma chance, não era pra ser assim, você deveria ser vida também, vamos tentar? Porque você foge de coisas tão simples? Seria tão bom que você aceitasse tudo que há em sua volta, você perceberia que tudo é vida menos você. É tão difícil assim dizer: “eu te amo” ou quem sabe: “eu gosto de você”. Se você olhasse mais pro chão onde pisa, perceberia que ele está ali para te sustentar, te dar estabilidade, se você se desse conta deste pequeno detalhe não precisaria mais do chão, você flutuaria pelo ar . Não desista ainda, há uma chance de você se tornar vida e não continuar como morte. Viu. Você sorriu. Que bom que consegui tocar nem que seja um pouco em você.  Uma pele macia, lábios vermelhos, tão deslumbrantes, tão mágicos, tão secos. A lua está voltando, não quero ir. Me ajude, não fuja, adeus. 
Maré alta: até que enfim te encontrei.
Maré baixa: quem é você?
Maré alta: Você ainda é novo, não me conhece, mas eu conheço você.
Maré baixa: como você me conhece?
Maré alta: sou a maré alta. Sempre venho te visitar. Venho com minhas águas fortes a sua procura junto com a lua. Mas você sempre dorme não me deixa te ver. Tanta coisa que tenho pra te falar.
Maré baixa: você é quem vem me afogar?
Maré alta: não. Venho te aconselhar. Mas seu medo do meu tamanho faz com que repouse enquanto estou aqui. Hoje você estava tão distraído que nem me pode ver chegar.
Maré baixa: do que você veio me avisar?
Maré alta: deles que sempre estão aqui. Eles não prestam, plantão o mal e a tragédia. Não deve gostar deles.
Maré baixa: não acredito nisso. Vejo eles todas as manhãs, brincam em minhas águas felizes, estão sempre unidos, vêm em grupo, em família.
Maré alta: vêm nos destruir como fazem com tudo que tocam. Não respeitam nada, você bondoso não vê. Eles jogam coisas em nós e não ligam pro que venha a acontecer depois.
Maré baixa: que coisas?
Maré alta: enchem nossas águas de morte. Eles que deveriam morrer.
Maré baixa: do que você está falando? O que você vai fazer?
Maré alta: algo que já devia ter feito há muito tempo. Sou maior e mais forte, tenho como destruí-los. Não merecem nossa compaixão. São desonestos e corruptíveis, não tem sequer amor próprio.
Maré baixa: não faça isso. Dê-lhes uma chance.
Maré alta: já dei chances demais.
Maré baixa: Não... um barulho estridente ecoava por todos os lugares, de repente o silêncio...maremoto, tremor do mar, invasão furiosa das águas do mar sobre a terra. Furioso. Ele estava furioso. Não agüentava mais aquela situação. Ele voou com seus braços sobre a terra engolindo tudo que se opunha. Pare. Não quero ouvir. Gritos de desespero pareciam não parar. Uma agonia sem fim causada pela apnéia, o ar faltava aos pulmões de quem permanecia embaixo d’agua. Eu queria puder ajudar, mas fui absorvido por aquela que parecia, não, parecia não, era a onda mais alta e mais longa que já tinha visto. Não houve pedras ou concreto que a detivessem. Parou. Alguns instantes se passaram, ele retornava ao seu lugar de origem, estava novamente ao meu lado.  Você não se arrepende disso. Não sente remorso.
Maré alta: De que eu teria remorso. Apenas devolvi tudo àquilo que não era meu. O que eu fiz não serve de nada, a não ser limpar minhas águas.  Amanhã eles voltam e fazem tudo de novo, normalmente, como se nada tivesse acontecido.
Maré baixa: você poderia dar a eles pelo menos uma chance. Tenho certeza que fundo de cada um ainda existe o amor. O amor que faz todas as coisas serem boas.
Maré alta: queria poder acreditar em você, mas eles não têm amor nem por eles mesmos, quem dirá pelos outros. Já acreditei nos humanos mas eles provaram que não merecem minha confiança.
Maré baixa: não se entregue ainda, juntos somos imensos e poderemos convencê-los do melhor .
Maré alta: um dia encontrei com um tubarão, ele me disse que estava faminto a procura de comida, os peixes não são fartos como antigamente. Ele nadou quilômetros a procura de um peixe ou uma foca pra se alimentar até que chegou a praia, vários humanos tomavam banho e poluíam como sempre a areai e as águas com sujeira. O tubarão como nunca tinha ido tão perto da terra não sabia o que era aquilo nadando nas ondas, pesou ser uma foca e decidiu caçar. O banhista com uma espécie de prancha começou a nadar incessantemente para fugir do tubarão quando o viu, mas não conseguiu ser mais veloz, Nãooooo. Minhas águas limpas e azuis agora estavam vermelhas, vermelhas do sangue que havia sido derramado com o ataque do tubarão, ele não fez por mal apenas queria se alimentar, mesmo assim ele não pode comer, ao sentir o gosto deixou aquela carne a deriva, parecia podre, mesmo viva a carne parecia estar podre, podre por dentro e por fora, podre pela mania de grandeza que teima e permanece nos humanos e a qual não posso entender, uma mania de sempre querer estar por cima de tudo,ser maior, sem limites, sem pena, sem amor.

Fim

Busca incessante

        Buscamos todos os dias descobrir quem somos na realidade, as perguntas, os questionamentos, as dúvidas, mas o que a maioria das pessoas não sabem é que essa busca nos torna vivos. É a busca de novos conhecimentos que nos faz viver. 
       Quando achamos que nossa vida está completa, na realidade você se adaptou a uma rotina que lhe parece perfeita e que infelizmente lhe transforma numa marionete de atitudes previsíveis.
       Porque quando se deixa de adquirir conhecimentos, sua vida não tem mais sentido, de que adianta viver se não há mais nada no mundo que você possa aprender, tudo já chegou ao alcance das suas mãos, tudo lhe parece fútil e indispensável. 
       Nossas mãos sempre devem estar abertas para carregar algo a mais com elas, nossos potes nunca podem completar o limite de suas bordas, porque no fundo estamos sempre vazios. E algum momento você por mais companhia ou conhecimento que tenha sentirá falta de alguém ou algo. E se nada for feito a unica companhia que você terá será da solidão que lhe acompanha a todo instante como um amigo fiel que nunca o abandona, mas não contribuirá com sua existência.


-Pense nisso.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Sem sentidos

       Incomoda minha visão, me cega, impedes que veja a verdade, omites aquilo que não conhece, pois teme a sabedoria, desiste de optar entre dois caminhos para caminhar sem rumo fora da estrada, numa trilha desconhecida preferindo ser cego a ver a verdade.
      Sensação. leve toque sobre a pela macia, expiração dos meus sentidos, aguça minha criatividade, despertam meu desejo. Um simples toque na pele intocável que não pode ser contaminada com as mãos sujas e podres com essas mãos sujas e podres. 
      Escutar não posso. Ser surdo a gritos de dor e lamento, evitar ecos e sussurros, sem saber com que Frequência a torneira pinga cada gota de água na pia, sem ouvir o tic tac do relógio, sem sem escutar a melodia da canção, evitando ao máximo os chamados de socorro.

Espelhos

         Aqui dentro as coisas são diferentes, posso ver a verdadeira imagem que se forma no espelho. Porque o reflexo é apenas uma ilusão.
         Uma ilusão que os olhos acreditam ser verdade, mas que não passa de uma mentira, uma máscara que atrai os olhos e engana o coração. 

Feridas incuráveis

        O sangue que escorre dos meus pulsos não me faz mais sentir dor, porque não há mais o que sentir, pois você me deixou seco, e a unica coisa que existe aqui dentro é um buraco, um vazio interminável, um nada que sem valor algum definha a procura de salvação e só enxerga a dor.
        Um sangue que tenta lavar a alma perdida, numa esperança tola de recuperá-la, mas essa alma não pode ser achada, pois se perdeu em algum lugar e não soube voltar, e o sangue lava apenas o corpo, que sem alma espera sua morte.

Saiba esperar

Esperar é uma dádiva. Não são todos que possuem o dom de permanecer paciente diante de tal situação.
O leão só devora a presa por esse motivo. Ele sabe qual o momento certo de agir e assim não morrer de fome.
Tudo depende do tempo certo, não da velocidade com que acontece.

-Pense nisso.