O escuro esconde o desconhecido e é por isso que o tememos, mas o que está invisível aos nossos olhos é aquilo que escondemos dentro de nós mesmos, fingindo ser o que não somos com medo das expectativas criadas pelos outro.
Somos reféns do medo. Criaturas que se oprimem e sofrem por não poder mostrar o próprio rosto, pois teme uma tapa. Mas a dor maior não é física, é aquela dor que sentimos dentro do peito.
Tememos reações, comentários, chacotas, tememos nos mostrar. E ao temermos ser quem realmente somos nos tornamos outras pessoas que talvez não saibamos quem é.
Perdemos o domínio e acreditamos que aquela forma é a correta de agir, que as pessoas são aquelas que devemos ter. Deixamos de lado nossos desejos por medo de fracassar quando o fracasso maio é não ter tentado.
Abrimos nossos olhos a procura do eu que já não existe, passou a ser ele. Aquele que você demonstra aos olhos alheios e que não conhece diante do espelho.
Uma imagem deformada, desfigurada, desconhecida, um entre tantos que não tentou ser quem queria e acabou sendo dominado pela segurança da normalidade que lhe parecia tão certa.
Mas o caminho certo às vezes não significa o mais correto a ser seguido, porque no fim de cada caminho certo pode have um abismo sem fim, e ao cair dele nunca mais sairá.
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